quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Impotência

"Nem sei o que sentir ou pensar quanto a isto. É inacreditável. Não desejava mesmo isto. Não há necessidade"

É a frase que nos últimos tempos, umas vezes mais outras menos, me tem afrontado o bem estar. E se ainda estivesse diretamente relacionado com a minha pessoa, até se entendia. Mas não. Está relacionado com pessoas que Amo. E isso, se calhar, ou não, poderá ser pior, pois quando é nosso o problema, temos o poder em mãos e a competência de mudar, cuidar ou lidar. Mas quando o assunto não é nosso, não há muito que possamos fazer, que não o sentar, olhar, ouvir, chorar...esperar...sorrir de esperança...e voltar a chorar (quando as coisas não se resolvem por bem). E saber fazer a gestão disto tudo é tarefa árdua e dolorosa.
Efetivamente quando aqueles a quem queremos bem, perdem o controle das duas vidas, é praticamente quase como que se nós também perdêssemos uma bocadinho do rumo da nossa. Pois queiramos ou não, estamos todos intimamente e molecularmente interligados.
E todas as manobras assumidas, põem em risco um terceiro elemento. É impressionante como a Vida e a complexidade humana nos leva a "isto".

Agora que dói....dói! Muito! E principalmente, não saber como vai terminar...e saber que não se tem ferramentas para intervir na construção de um fim sem fim.
Apenas sentar, olhar, ouvir, chorar...esperar...sorrir de esperança...e voltar a chorar ou por fim...visualizando um horizonte mais risonho festejar.